terça-feira, 8 de maio de 2012

Golpes Militares na América Latina e a Doutrina de Segurança Nacional dos EUA


A DOUTRINA DE SEGURANÇA NACIONAL ESTADOS-UNIDENSE E SUA INFLUÊNCIAS NOS GOLPES MILITARES NA AMÉRICA LATINA
 NAS DÉCADAS DE 1960 E 1970










     Após a 2° Guerra Mundial e a "divisão mundial" entre os blocos Capitalista (liderado pelos EUA) e Socialista (União Soviética), foi criada pelos Estados Unidos uma política de proteção e contenção a "ameça comunista". Essa política iniciou-se com o suporte financeiro e bélico a Europa Ocidental e ao Japão, visando reconstruí-los e afastá-los dos “perigos” socialistas da União Soviética e China respectivamente.
     Com a Revolução Cubana em 1959 e a adesão de Cuba ao comunismo em 1962, a “ameaça comunista” antes tão distante (geograficamente), passou a “bater as portas” da América. Os Estados Unidos passam então a “voltar seus olhos” para o resto do continente americano.
      Nas décadas de 1950 e 1960, os países da América Latina passavam por um momento de crise do Estado Populista, momento de emergência da Guerra Fria. Muitos líderes populistas latino-americanos tinham uma certa simpatia pelo Socialismo, como Cárdenas no México e Perón na Argentina. Nessa temporalidade, a Doutrina de Segurança Nacional criada e implantada pelos EUA, influenciou os golpes militares. A profissionalização dos militares, as escolas militares, como a Escola Superior de Guerra, ambientes onde a Doutrina de Segurança Nacional e o anticomunismo foram amplamente difundidos. Na América Latina, essa doutrina ganhou características particulares, como as idéias de: segurança nacional vinculada ao desenvolvimento nacional, a subversão associada ao subdesenvolvimento. É na segunda que a doutrina norte-americana ganhou mais força, onde o medo da subversão está no inimigo interno, aquele que represente um perigo à nação, geralmente adeptos ao ideal comunista. Nesse combate a subversão é interessante ressaltar a influência militar francesa no treinamento dos militares brasileiros para guerras revolucionárias, na idéia de combate ao inimigo interno.


      A Doutrina de Segurança Nacional foi o maior fator externo e ideológico a influenciar os Golpes Militares na América Latina. Sua base ideológica ressaltou nos militares sua importância como protetores da nação, da soberania, do ideal nacional. Os golpes foram frutos de diversas questões, internas e externas. No fator externo e ideológico, suas bases estavam na doutrina norte-americana.


 FONTE:
Texto: A Doutrina de Segurança Nacional Estados-Unidense e a sua Influências nos Golpes Militares na América Latina nas décadas de 1960 e 1970.
Autor: Hugo Rincon Azevedo.
Texto produzido durante uma avalização de História da América Contemporânea do Professor Paulo Ribeiro, no curso de História, na Pontifícia Universidade Católica de Goiás.

Postagem: Hugo Rincon.

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